A MÚSICA “ILHA FLUTUANTE” DE GILMAR PEREIRA SANTOS- NO 24º FESTIVAL DE MÚSICA DE PINHEIRO
O FESMAP de Pinheiro – um dos mais tradicionais festivais de música popular maranhense – divulgou a relação das 23 músicas selecionadas (entre as mais de 60 concorrentes) para serem apresentadas na 24ª edição do festival, que ainda não tem data definida para acontecer. O festival deste ano homenageia o cantador Coxinho.
Dentre as selecionadas, consta a música intitulada de “ Ilha Flutuante”, de Gilmar Pereira Santos.
Gilmar, que é advogado, também é autor de livros, explorando, prioritariamente, a temática infantil, e já possui cinco obras publicadas. Esta é a segunda vez que o escritor/advogado envereda na área musical como compositor. A primeira vez aconteceu em 2012, quando a sua música “A Bela Amparo” foi uma das selecionadas para fazer parte do CD comemorativo pelos 80 anos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão. A música foi interpretada pelo também advogado Antonio Geraldo Brasil de Oliveira Marques Pimentel.
A música “Ilha Flutuante”, que será interpretada pelo consagrado músico Zé Lopes, teve como inspiração uma ilha que se move no Lago Formoso, no município de Penalva, a qual, inclusive, já foi tema de reportagem do Programa Fantástico da TV Globo na década de 90. A mesma ilha já havia sido homenageada por Gilmar, por ocasião do livro intitulado “Mistérios e Encantos da Fantástica Ilha Flutuante”. A música retrata o imaginário dos nativos do lugar no que refere às lendas e ao mistério que envolve o fenômeno de locomoção da ilha que flutua no lago Formoso. Confira a letra completa:
ILHA FLUTUANTE
Ilha encantada, tesouro da baixada
De imensos aterrados, dádiva de Deus
Aninga, algodão bravo, canarana e o jamaris
As flores roxas e lilás dos mururus
A aguapé e o junco, dão o tom de sua beleza
Magia e encanto da natureza
Ilha que flutua no Lago Formoso
É um mistério que assombra o mundo
Beleza rara brasileira
Que se transforma em navio
Nas noites de lua cheia
Tambores rufam sem parar
Para afastar os maus espíritos
E amedrontar os demônios do lugar
Tritões com suas lanças afiadas
Vão te proteger, hão de te guardar
Croacangas, almas penadas
E noturnas ninfeias deslumbrantes,
Vestidas de prata rendilhada
Do teu interior são viajantes
Ilha Encantada
De densos capinzais
Que engolem boiadas que não voltam mais
Peões e cavaleiros que não voltam mais